Gestão humanizada: limites na autonomia

Roberta Castellini - CEO Agência Frat

Quando se pensa em uma gestão que leva em conta cada colaborador, valorizando suas contribuições individuais, promovendo um ambiente de trabalho inclusivo e incentivando a comunicação aberta, é possível perceber muitos benefícios, entre eles bem-estar, engajamento, retenção de talentos e aumento da produtividade. Essa visão faz com que a agência possa crescer e se desenvolver de forma potencializada.

Mesmo sabendo que a gestão humanizada valoriza as pessoas, é muito importante, e, em alguns momentos, desafiador, encontrar um equilíbrio entre conceder autonomia e estabelecer limites. A autonomia dá liberdade para a tomada de decisão e atuação de acordo com sua própria iniciativa, mas quando não existe o entendimento dos critérios para isso ou da responsabilização pelas ações, ocorre a permissividade.

Na Frat, acreditamos que alguns pontos são essenciais para evitar que isso aconteça, começando por compreender quais são os objetivos e metas da agência, especificando como o trabalho de cada um contribui para os resultados, proporcionando, assim, um senso de propósito e direção, evitando que a autonomia seja utilizada de forma desordenada.

É também fundamental definir políticas e procedimentos que orientem o comportamento dos colaboradores. Isso inclui diretrizes sobre horários de trabalho, uso de recursos da agência, comunicação interna e cultura da agência. Um exemplo é o modelo de trabalho remoto, oferecendo flexibilidade e autonomia, permitindo que o trabalho aconteça em um ambiente confortável e adequado às necessidades individuais, mas com diretrizes claras e com o suporte adequado para garantir a produtividade e o engajamento do time.

Sim, é bem possível garantir que a autonomia dos colaboradores seja exercida dentro de um contexto organizacional bem definido e estruturado. Estabelecer limites e definir expectativas é de extrema importância, incentivando sempre a participação de cada um na criação das melhores práticas, promovendo, assim, um senso de responsabilidade compartilhada.

Outro aspecto que sempre deve ser considerado é o alinhamento de expectativas de desempenho de cada profissional em uma via de mão dupla, se abrindo para compreensão não só sobre o que se espera deles, mas também o que eles esperam da direção. Isso viabiliza um patamar comum na prática de feedback aberto e transparente, reconhecendo as fortalezas de cada um, apontando as oportunidades de melhoria e já saindo com um plano de ação eficiente.

Por fim, é fundamental que os líderes estejam atentos aos sinais de que os limites estão sendo ultrapassados. Isso inclui comportamentos inadequados, falta de responsabilidade ou impacto negativo nas relações. Nesses casos, é importante intervir, oferecendo suporte e orientação que promovam o crescimento profissional e pessoal.

Uma cultura de gestão humanizada deve equilibrar a autonomia dos colaboradores com limites claros e definidos, desta maneira conseguimos garantir um ambiente de trabalho saudável, produtivo e harmonioso que todos tenham satisfação em pertencer.